fevereiro 27, 2012

Agloria do ceu

As glórias do Céu Referência: Apocalipse 21.1-27 – 22.1-5 INTRODUÇÃO 1. A história já fechou suas cortinas. O juízo final já aconteceu. Os inimigos do Cordeiro e da igreja já foram lançados no lago do fogo. Os remidos já estão na festa das Bodas do Cordeiro. 2. Este texto é a apoteose da revelação. O paraíso perdido é agora o paraíso reconquistado. O homem caído é agora o homem glorificado. O projeto de Deus triunfou. 3. A pregação sobre o céu traz profundas lições morais para a igreja: 1) Jesus alerta para ajuntarmos tesouro no céu; 2) Paulo diz que devemos pensar nas coisas lá do alto; 3) Jesus ensinou que devemos orar: “seja feita a tua vontade na terra como no céu”; 4) O céu nos estimula à santidade (2Pe 3.14); 5) O céu nos ajuda a enfrentar o sofrimento (Rm 8.18); O céu nos livra do medo da morte (Fp 1.21). I. NO CÉU TEREMOS A RESTAURAÇÃO DO PRÓPRIO UNIVERSO – V. 1 1. A redenção alcançou todo o cosmos – v. 1 A natureza escravizada pelo pecado (Rm 8.20,21), agora está completamente restaurada. Deus não cria um novo céu e uma nova terra, mas torna-os novo, como do nosso corpo, fará um novo corpo. Não é aniquilamento, mas renovação. 2. Não haverá mais nenhuma contaminação – v. 1 “E o mar não mais existirá”. Isso é um símbolo. Aqui o mar é o que separa. João foi banido para a Ilha de Patmos. Também o mar é o que contamina (Is 57.20). Do mar surgiu a besta que perseguiu a igreja. No novo céu e na nova terra não haverá mais rebelião, contaminação nem pecado. II. O CÉU É CONHECIDO PELO QUE NÃO EXISTE LÁ – v. 4 1. No céu não haverá dor A dor é conseqüência do pecado. A dor física, moral, emocional, espiritual não vai entrar no céu. Não haverá mais sofrimento, enfermidade, defeito físico, cansaço, fadiga, depressão, traição. 2. No céu não haverá mais lágrima Não haverá choro nas ruas da nova Jerusalém. Este mundo é um vale de lágrimas. Muitas vezes alagamos o nosso leito com nossas lágrimas. Choramos por nós, pelos nossos filhos, pela nossa família, pela nossa igreja, pela nossa pátria. Entramos no mundo chorando e saímos dele com lágrimas. Mas Deus é quem vai enxugar nossas lágrimas. Não é auto-consolo. 3. No céu não haverá luto nem morte A morte foi lançada no lago de fogo (Ap 20.15). Ela não pode mais nos atingir. Fomos revestidos da imortalidade. Tragada foi a morte pela vitória. No céu não há vestes mortuárias, velórios, enterro, cemitério. No céu não há despedida. No céu não há separação, acidente, morte, adeus. III. O CÉU É CONHECIDO POR QUEM VAI ESTAR LÁ – V. 2 1. A cidade santa, a nova Jerusalém, a noiva adornada para o seu esposo A igreja glorificada, composta de todos os remidos, de todos os lugares, de todos os tempos, comprada pelo sangue do Cordeiro, amada pelo Pai, selada pelo ES é a cidade santa, a nova Jerusalém em contraste com a grande Babilônia, a cidade do pecado. Ela é a noiva adornada para o seu esposo em contraste com a grande Meretriz. O Senhor só tem um povo, uma igreja, uma família, uma noiva, uma cidade santa. 2. Essa noiva foi adornada para o seu esposo O próprio noivo a purificou, a lavou, a adornou. Ela será apresentada igreja santa, nova pura, imaculada, sem defeito. A noiva amada, comprada, amparada, consolada, restaurada e glorificada. 3. Essa noiva vai estar no céu pela graça – v. 6,7 Feito está! Deus já completou toda a obra da redenção (Jo 19.30; Ap 16.17; Ap 21.6). Os sedentos bebem de graça da água da vida. Todos os que têm sede podem saciar. Todos os que buscam encontram. Todos os que vêm a Cristo, ele os acolhe. IV. O CÉU É CÉU PORQUE LÁ ESTAREMOS EM COMUNHÃO COM DEUS – V. 2,3,7 1. Porque a vida no céu será como uma festa de casamento que nunca termina – v. 2 As bodas passavam por quatro fases: 1) O compromisso; 2) A Preparação; 3) A vinda do Noivo; 4) A festa. O céu é uma festa. Alegria, celebração, devoção. Deleitar-nos-emos em seu amor. Ele se alegrará em nós como o noivo se alegra da sua noiva. Esta festa nunca vai acabar. 2. Porque o céu será profundamente envolvido pela presença de Deus – v. 3 O céu é céu porque Deus está presente. Depois que o véu do templo rasgou, Deus não habita mais no templo, mas na igreja. O Espírito Santo enche não o templo, mas os crentes. Agora somos santuário onde Deus habita. Veremos Cristo face a face. Vê-lo-emos como ele é. Ele vai morar conosco. Não vai mais haver separação entre nós e Deus. A glória do Senhor vai brilhar sobre nós. 3. Porque no céu teremos profunda comunhão com Deus – v. 3b Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus. Aqui caem as divisas não só do Israel étnico, como das denominações religiosas. Lá não seremos um povo separado, segregado, departamentalizado. Lá não seremos presbiterianos, batistas ou assembleianos. Seremos a igreja, a noiva, a cidade santa, a família de Deus, povo de Deus. 4. Porque no céu desfrutaremos plenamente da nossa filiação – v. 7 A igreja é a noiva do Cordeiro e a filha do Pai. Tomaremos posse da nossa herança incorruptível. V. O CÉU É DESCRITO PELO FULGOR DA NOIVA, A NOVA JERUSALÉM – V. 9-27 1. A nova Jerusalém é bonita por fora, ele reflete a glória de Deus – v. 11 Quando João tentou descrever a glória da cidade, a única coisa que pôde fazer foi falar em termos de pedras preciosas, como quando tentou descrever a presença de Deus no trono (4.3). A glória de Deus habita na igreja. Essa glória é indescritível, como indescritível é Deus. A igreja é bela por fora. Ela é como uma noiva adornada. Suas vestes são alvas. 2. A nova Jerusalém é bonita por dentro – v. 19,20 Ninguém coloca pedras preciosas no fundamento. Mas no alicerce dessa cidade estão doze espécies de pedras preciosas. Há beleza, nobreza, riqueza e esplendor no seu interior. Não há coisa feia nem escondida dentro dessa igreja. 3. A nova Jerusalém é aberta a todos – v. 13,25 A cidade tem 12 portas: ela tem portas para todos os lados. Isso fala da oportunidade abundante de entrar nesse glorioso e maravilhoso companheirismo com Deus. Venha de onde vier, as pessoas podem entrar. Os habitantes dessa cidade são aqueles que procedem de toda tribo, povo, língua e nação. São todos aqueles que foram comprados pelo sangue do Cordeiro. Não há preconceito nem acepção de pessoas. Todos podem vir: pobres e ricos; doutores e analfabetos; religiosos e ateus; homens e mulheres. A cidade é aberta a todos: Há portas para todos os lados. O noivo convida: Vem! A noiva convida: Vem! Quem tem sede recebe a água da vida. 4. A nova Jerusalém não é aberta a tudo – v. 8,12,27 A cidade tem uma grande e alta muralha. Muralha fala de proteção, de segurança. Embora haja portas (v. 13) e portas abertas (v. 25), nem todos entrarão nessa cidade (v. 8,27). Embora as portas estejam abertas, em cada porta há um anjo (v. 12). Os pecadores inconversos não podem entrar no céu (v. 8) – O universalismo está errado. A idéia de que toda religião é boa e todo caminho leva a Deus é um engano. NO céu só entrarão aqueles que se arrependeram de seus pecados, creram em Cristo e foram lavados em seu sangue. Só aqueles que têm o nome escrito no Livro da Vida podem entrar! O pecado não pode entrar na Nova Jerusalém (v.27) – Embora a igreja é aberta a todos, não é aberta a tudo. Muitas vezes, a igreja tem sido aberta a tudo e não a todos (Pedro e Jesus: Arreda Satanás). 5. A nova Jerusalém está construída sobre o fundamento da Verdade – v. 14 Esse símbolo fala da teologia da igreja. A igreja está edificada sobre o fundamento dos apóstolos. A igreja do céu está edificada sobre o fundamento dos apóstolos, sobre a verdade revelada, sobre as Escrituras. 6. A nova Jerusalém tem espaço para todos os remidos – v. 15-17 A cidade é quadrangular: comprimento, largura e altura iguais. A cidade tem doze mil estádios, ou seja, 2.200 Km de comprimento, de largura e de altura. Não existe nada parecido no planeta. É uma cidade que vai de São Paulo a Aracaju. Na Nova Jerusalém, a maior montanha da terra, o pico Everest, desaparece mais de 240 vezes. Essa cidade é um verdadeiro cosmos de glória e santidade. É óbvio que esses números representam a simetria, a perfeição, a vastidão e a totalidade da Nova Jerusalém. Não existem bairros ricos e pobres nessa cidade. Não existem casebres. Existem mansões, feitas não por mãos. Deus é o arquiteto e fundador dessa cidade. 7. A nova Jerusalém é lugar onde se vive em total integridade – v. 18,21b Não apenas a cidade é de ouro puro, mas a praça da cidade, o lugar central, onde as pessoas vivem é de ouro puro, como vidro transparente. Tudo ali vive na luz. Tudo está a descoberto. Nada escondido. 8. A nova Jerusalém é o lugar de plena comunhão com Deus – v. 22 No Velho Testamento a presença de Deus estava no Tabernáculo, depois no Templo. Mas, agora, Deus habita na igreja. Na Nova Jerusalém não haverá templo, porque a igreja habitará em Deus e Deus habitará com a igreja. Isso é plena comunhão. A cidade será iluminada não mais pela luz do sol ou pela lua. A glória de Deus a iluminará. 9. A nova Jerusalém é o paraíso perdido, onde corre o rio da Vida – 22.1-2 A Nova Jerusalém é uma cidade, um jardim, uma noiva. O jardim perdido no Éden é o jardim reconquistado no céu. Lá o homem foi impedido pelo pecado de comer a árvore da vida, aqui ele pode se alimentar da árvore da vida. Lá ele adoeceu pelo pecado, aqui ele é curado do pecado. Lá ele foi sentenciado à morte, aqui ele toma posse da vida eterna. No Jardim do Éden havia quatro rios. Nesse Jardim Celestial, há um único rio, o rio da Vida. Ele flui do trono de Deus. Ele simboliza a vida eterna, a salvação perfeita e gratuita, o dom da soberana graça de Deus. Por ele passa ele traz vida, cura e salvação. 10. A nova Jerusalém é onde está o trono de Deus – 22.3-5 O trono fala da soberania e do governo de Deus. O Senhor governa sobre essa igreja. Na nova Jerusalém vamos ter propósito. “Os seus servos o servirão”. Nosso trabalho será deleitoso. Vamos servir àquele que nos serviu e deu sua vida por nós. Os salvos entrarão no descanso de Deus (Hb 4.9). Os salvos descansarão de suas fadigas (Ap 14.13), no porém do seu serviço. Na ova Jerusalém vamos ter intimidade com o Senhor. “Contemplarão a sua face”. O que mais ambicionamos no céu não são as ruas de ouro, os muros de jaspes luzentes, nem as mansões ornadas de pedras preciosas, mas contemplar a face de Jesus! O céu é intimidade com Deus. Na nova Jerusalém vamos reinar com Cristo eternamente – “e reinarão com ele para sempre”. Deus nos salvou não apenas para irmos para o céu, mas para reinarmos com ele no céu. Ele não apenas nos levará para a glória, mas também para o trono. Nós seremos não apenas servos no céu, mas reis. Cristo vai compartilhar com sua noiva sua glória, sua autoridade e seu poder. CONCLUSÃO 1. Você já é um habitante dessa cidade santa? Seu lugar já está preparado nessa cidade? 2. Onde você tem colocado o seu coração? Na nova Jerusalém ou na grande Babilônia? 3. A qual igreja você pertence: à Noiva ou à grande Meretriz? 4. Qual é o seu destino: o paraíso ou o lago de fogo? 5. Para onde você está indo: para o Casa do Pai, onde o Cordeiro é a lâmpada eterna ou para as trevas exteriores? 6. Onde está o seu prazer: em servir a Deus ou deleitar-se no pecado? 7. Hoje é o dia da sua escolha, da sua decisão. Escolha a vida para que você viva eternamente! Imprimir este artigo.Apocalipse, céu, glórias, juízo final Compartilhe este artigo! 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